Top 9 Jogos de Shinji Mikami

Os melhores jogos do criador de Resident Evil!

Pegando carona em nosso recente Especial Resident Evil, vamos analisar a carreira de Shinji Mikami, o visionário por trás da popular franquia de terror da Capcom.

As produções de Mikami, apesar de quase sempre focarem no terror de sobrevivência, conseguiram revolucionar a indústria em diversas oportunidades, influenciando concorrentes e até outros gêneros.

De mundos assustadores a ‘Um Mundo Ideal’ (hã?), a biografia profissional de Shinji Mikami cobre uma imensa variedade de estilos de design que se tornaram clássicos instantâneos e continuam oferecendo ótimas experiências, mesmo algumas gerações depois.

Games de Shinji Mikami

Assim como Hideo Kojima, Mikami parece ser o tipo de diretor que sempre busca a inovação, fugindo de projetos que poderiam até ser mais confortáveis financeira e criativamente, mas que não teriam o impacto que o autor gostaria de ver entre seus contemporâneos.

Vamos lá?

9. Killer 7

Killer 7

O jogo que abre a lista é o único que não foi dirigido por Shinji Mikami, mas sim por Suda 51, que consideramos um dos diretores mais marcantes dos games.

De qualquer forma, Killer 7 vale a menção na lista por ter, ao menos, uma participação importante da inspiradíssima mente do criador de Resident Evil.

Co-escrita por Shinji Mikami, a história de Killer 7 é sobre um grupo de assassinos que, na verdade, são múltiplas personalidades de um só homem. A arte é toda estilizada em cel shading – como visto em The Legend of Zelda: The Wind Waker –, e o gameplay junta elementos de rail shooter (tipo Star Fox, mas com a habilidade de andar no trilho manualmente) e tiro em primeira pessoa.

Killer 7 fez parte de um pacote de lançamentos ditos exclusivos para GameCube, o Capcom Five, que ainda tinha P.N. 03, Resident Evil 4 – ambos dirigidos por Shinji Mikami –, Viewtiful Joe e o cancelado Dead Phoenix.

O projeto ficou conhecido por uma frase um pouco infeliz do próprio Mikami, que “cortaria sua cabeça” se esses jogos fossem lançados para outras plataformas.

Deve ter doído.

8. Aladdin (SNES)

Aladdin (SNES)

Espera aí. O que esse jogo bonitinho da Disney tá fazendo no meio de um monte de sangue, tripas e criaturas perturbadoras? Acredite se quiser, a versão Super Nintendo de Aladdin foi comandada por Shinji Mikami.

Aladdin é um jogo de plataforma tradicional, onde o personagem-título pula em cima dos inimigos, se pendura em prédios, flutua com o auxílio de um tecido, entre outras acrobacias.

O gameplay é simples, como esperado em uma produção Disney, e a dificuldade é baixa demais, mas mesmo assim, vale a pena reviver um dos clássicos animados da década de 90 no Super NES.

Mikami também foi planner em Goof Troop, uma espécie de clone em menor escala de Zelda estrelado pelo Pateta e seu filho Max, repleto de puzzles e dungeons e com opção para dois jogadores simultâneos.

7. The Evil Within

The Evil Within

O último projeto dirigido por Shinji Mikami foi este The Evil Within, que havia prometido uma revolução no gênero survival horror que… bem, não veio exatamente, mas o jogo ainda assim foi uma bela saideira para a brilhante carreira do diretor.

The Evil Within mistura ação e terror psicológico, uma combinação que dividiu bastante as opiniões na época, mas que independentemente das expectativas do público, foi executada com qualidade.

Os cenários de ação são variados, de florestas a uma cidade tomada por zumbis militares, e como não poderia faltar, o jogo inclui referências interessantes a Resident Evil, como um capítulo que se passa inteiramente em uma mansão.

Se quiser saber mais sobre o pesadelo de Sebastian Castellanos, leia o nosso Top 9 Clones de Resident Evil.

6. Dino Crisis

Dino Crisis

Tá, a gente mencionou na introdução do artigo que Shinji Mikami sempre foge de sequências e cópias fáceis, e aí aparece Dino Crisis, um clone de Resident Evil que não tem a mínima vergonha de fazer um Ctrl+C, Ctrl+V.

Será que Dino foi uma lição para o criador, que desde então passou a priorizar projetos genuinamente únicos e desafiadores?

Só podemos dizer que Dino Crisis é um jogo imperdível, e apesar da descrição Resident Evil com dinossauros já falar quase tudo, a experiência aqui é suficientemente distinta para estabelecer a aventura de Regina no rol dos melhores survival horror de todos os tempos.

5. God Hand

God Hand

Em 2006, após o sucesso arrasador de Resident Evil 4, Mikami decidiu dar um tempo nas espingardas e lança-foguetes e criou God Hand, um Stylish Action que serve como homenagem aos beat-‘em-ups de antigamente e, ao mesmo tempo, traz boas novidades a ambos os gêneros.

A principal atração em God Hand é a alta customização do sistema de combate, permitindo que o jogador monte o seu próprio estilo de luta com centenas de golpes que podem ser encaixados na sequência básica de combo ou em comandos isolados.

Socos, tapas, voadoras e até barrigadas fazem parte da extensa lista de golpes à disposição de Gene, o herói da vez.

God Hand também reaproveita o engine de Resident Evil 4, com o mesmo controle-tanque e os famosos golpes de contexto.

4. Resident Evil: Director’s Cut

Resident Evil: Director’s Cut

Como analisamos em nosso olhar nostálgico a Resident Evil: Director’s Cut, o jogo é eficiente, mesmo hoje em dia, ao nos transportar para um ambiente hostil e oferecer recompensas pela administração inteligente de recursos.

O desafio no primeiro Resident Evil é tão cuidadosamente orquestrado que, mesmo 25 anos depois, poucos concorrentes conseguiram chegar ao mesmo nível de equilíbrio.

Ainda que sofra com a hilária dublagem – que tem o seu charme –, o pai do survival horror continua sendo um dos pilares da categoria, com cenário e história memoráveis, design gratificante e, por que não, uma pitadinha de humor não-intencional.

3. Vanquish

Vanquish

Se alguém aí quiser saber como seria uma evolução de Resident Evil 4 focada aproximadamente 1.000% na ação, é só olhar para Vanquish.

Vanquish, no entanto, não tem nada a ver com terror; é um jogo de tiro em terceira pessoa em altíssima velocidade situado em um futuro distante, com mecânica viciante, bom desafio e bordões de fazer inveja a qualquer herói de filme dos anos 80.

Sam, o protagonista, desliza macia e rapidamente pelo chão para se aproximar dos seus alvos, podendo desviar dos ataques inimigos ou encontrar barreiras para se proteger com a mesma fluidez, e o feedback das armas é sensacional.

O controle em Vanquish é talvez o mais responsivo em um jogo de ação 3D, e olha que a competição é dura. Sabe quando a gente pega um jogo depois de um tempo e nem precisa olhar pro controle pra relembrar os comandos? Vanquish é desses.

Este jogo é recomendado pra quem gosta de Resident Evil, pra quem não gosta de Resident Evil, e… bom, acho que dá pra resumir assim: se você curte videogames, jogue Vanquish.

2. Resident Evil 4

Resident Evil 4

Resi 4 pode não ser tão assustador quanto seus irmãos mais velhos, mas é inegável que o passeio europeu de Leon foi um marco na história dos games, dando origem a um sub-gênero, ação de terror, que veio a influenciar clássicos recentes como Dead Space, The Last of Us e até Gears of War.

Resident Evil 4 abandonou o movimento rígido dos Resi clássicos por um estilo de gameplay mais dinâmico, que incentiva o jogador a dominar as nuances do combate para conseguir um melhor desempenho, quase como um jogo de Stylish Action.

Os suplexes nunca serão esquecidos.

1. Resident Evil (2002)

Resident Evil (2002)

Conhecida na comunidade como REmake, a reimaginação do primeiro Resident Evil trouxe tantos aprimoramentos – muitos deles completamente inesperados – que o jogo se transformou no template ideal para todo o gênero.

Qualquer novo survival horror que estiver pensando em fazer algum sucesso hoje deve olhar para REmake e seu desafio balanceado, mapa organizado, apresentação visual, de som e atmosfera impecáveis, e a condução da aventura que une, de maneira eficaz, o medo da próxima etapa à necessidade de estratégia.

Pena que Mikami se aposentou do cargo de direção, optando por funções mais administrativas e de supervisão em seu estúdio, o Tango Gameworks.

Segundo o próprio diretor, o pico da criatividade na indústria é aos 30 anos de idade. Desculpa aí, Mikami, mas como fãs, a gente se sente na obrigação de discordar. 🙁

E aí, qual seria o seu ranking dos jogos produzidos pelo criador de Resident Evil? Manda nos comentários!

Tem ainda bastante Mikami pra ler no Gameverso! Confira o Top 9 jogos de Resident Evil, que detalha alguns dos trabalhos mais icônicos de sua carreira, ou a disputa entre Resident Evil clássico vs. moderno, ambos idealizados por Mikami.

Isso sem contar, é claro, nosso Especial Resident Evil, que teve mais de 10 artigos dedicados à série de terror no mês anterior ao lançamento de Resident Evil Village.

Até mais!

Renato Penov
Renato Penov
Olá! Meu nome é Renato Penov, nasci em 1983 e sou apaixonado por games desde criança. Sou formado em Comunicação Social pela ESPM e, além dos games, gosto bastante de desenhar, escrever e de cinema. Para quem curte conteúdo de arte, tenho um perfil no Instagram com tirinhas e desenhos variados: @renpenov. Meu game favorito é Mega Man 3, desde a infância. Meu primeiro console foi o NES, que a gente chamava na época de Nintendinho.

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